“A melhor cor do mundo é a que fica bem em você”.

Coco Chanel ✨✨✨

Imagem da estilista francesa Coco Chanel em pose com seu elegante vestido preto, chapéu e as famosas pérolas

Se a estilista francesa Coco Chanel (1883-1971) estivesse viva, estaria completando 140 anos neste mês de agosto. Foi um grande talento para o universo da moda na Alta costura. Ficou muito conhecida por popularizar o chique esportivo confortável para a mulher do período entreguerras e consagrou o tailleur de tweed, com saia ajustada, na década de 60 com celebridades americanas, como Jaqueline Kenedy. Amava os livros! Eles eram seu maior luxo. Dizia que “eram como drogas sem risco de overdose”. E este costume a ajudava expandir conhecimentos sobre suas criações. Aliás, inovações não faltaram para que ela fosse lembrada até os dias atuais como uma das estilistas mais revolucionárias da moda. Apesar de algumas criticas pelo seu temperamento forte e também por seu envolvimento com um oficial alemão durante a segunda grande Guerra, a estilista foi considerada pela revista Time uma das 100 pessoas, e diga-se de passagem, a única estilista da época, mais influentes do século XX!

Sua cor preferida era o preto, talvez pela forte influencia vivenciada no orfanato onde foi criada junto a sua irmã, e que era dirigido por freiras, no qual o uniforme prevalecia a cor preta e o branco. Foi de origem pobre, e seu pai não teve como cuidar das filhas após a morte prematura de sua mãe. Chanel foi muito criativa, iniciou a carreira na moda como chapeleira, criou chapéus muito elegantes para o período Belle Époque e não parou por aí. Além dos “básicos” vestidos pretos e ternos elegantes e confortáveis que antes eram somente destinados ao público masculino, a estilista desenvolveu também peças como os sapatos bicolor, que diminuem de certa forma o tamanho dos pés e alongam as pernas, a famosa bolsa 2.55 com alças de correntes, facilitando a praticidade da mulher, as pérolas enquanto acessórios, os botões dourados sobre os blazers de tweed, lembrando as joias da realeza francesa e os perfumes, como o icônico Chanel número 5, outra marca registrada da criadora.

Ela foi inspiradora para muitas gerações seguintes de modistas, estilistas e figurinistas e continuará a surpreende-los pelo tempo afora. Após sua ascensão, Chanel comprou e manteve vivas algumas casas famosas que trabalhavam com o luxo dos bordados, plumarias e flores a um século atrás. Dentre elas os famosos ateliês Lesage, especializado em lindos bordados, Lemarié, especializado na criação de aplicações em plumas e de flores de tecido, como a famosa camélia de Chanel e Lognon, especializada em plissados, prontas para assistirem aos artesãos do setor de luxo.

Acredito que se ela estivesse ainda entre nós não acharia ruim sobre as transformações que a marca sofreu pelo tempo. A propósito, a marca Chanel teve um ótimo continuísta criativo, o talentoso designer e estilista alemão, já falecido, Karl Lagerfeld (1933-2019), que permaneceu neste posto por 36 anos e que merece um post bem especial e inspirador por aqui também!

Atualmente a marca Chanel é dirigida pela estilista Virginie Viard, que assumiu o cargo como diretora criativa após a morte de Karl Lagerfeld. Esta é apenas uma pequena homenagem a uma estilista que já admiro a anos e que gostaria de deixar em registro com duas fotografias dela, em épocas diferentes de sua vida, como inspiração para os próximos designers de moda que virão.

Até breve com mais um assunto sobre Cultura de Moda e Design!

Fabiana Alvim Ballesteros.
Designer de Moda, Joias e Designer Têxtil

#altacostura #chanel #karllagerfeld #virginieviard #lesage #lemarie #lognon #pretinhobasico #culturadedesign #blogdaballesteros #fabianaballesterosdesigner