Há onze anos atrás fui convidada para contribuir e participar na primeira edição do livro Olhares contemporâneos: comunicação, moda e cinema, editora Ius, organizado pelos professores dos setores das artes, marketing e do design, Professor Aldo Clécius Neris da Silva e Professor Flavio Alves Janones, pela faculdade UNA/BH, onde também lecionei para a Moda durante oito anos, trazendo uma análise entre a Arte Naïf e sua relação com a Moda, já abordada por mim anteriormente em meu projeto de Pós-graduação em Designer de Moda para a FUMEC, também na cidade de Belo Horizonte.
No que diz respeito a este estudo, gostaria de deixar aqui uma breve passagem da obra à título de aguçar a curiosidade de meus ex-alunos do Design e também das pessoas que se interessam pelo assunto desta pesquisa unindo os dois mundos criativos.
Neste contexto início o artigo com informações sobre o significado da Arte Naïf (palavra francesa que designa o ingênuo, o simples, a candura, e até mesmo o folclórico) enquanto a sua singeleza ao imprimir registros de arte tão lúdica e bela a qual me levou a uma analogia sobre criações de Moda contemporânea que poderiam trazer com isto um novo olhar em suas criações e coleções de moda com este DNA lúdico, por certos estilistas brasileiros indicados na pesquisa, como: Ronaldo Fraga, Marcelo Sommer, Isabela Capeto e coleções das marcas: A Colecionadora, Melissa, Água de côco, dentre outras que também utilizaram do mesmo enfoque lúdico.
Esta observação se estende a nível internacional, porém, me ative mais nas pesquisas que envolviam minha amada pátria e terra Natal Brasil.
Nas marcas escolhidas os elementos que podem melhor exemplificar este tipo de arte estão ligados tanto ao artesanato, onde a simplicidade da natureza pode ser “impressa” e ou aplicada sobre lindos bordados, quanto ás formas lúdicas do universo infantil, como grandes cabeças de ursos de pelúcia fofos, que viram saias engraçadas também!
É interessante saber que as obras Naïf tiveram sua aparição no Brasil, por volta da década de 1960 e que trazem em seu contexto esta singeleza observada no universo infantil, onde a percepção da composição do desenho não necessita das proporções áureas de um desenho clássico. E que talvez por isto teve grande dificuldade para ser aceita pelo cenário das Belas Artes.
Termino este breve relato com uma frase que gosto muito de refletir, sobre a historiadora e editora Florence Müller, que diz assim:
“Existe uma arte que fala de Moda e, uma moda que faz Arte!”
Nas imagens em composição seguem alguns registros do estilista Ronaldo Fraga, Marcelo Sommer e, o artista Naïf Heitor dos Prazeres.
Cenário lúdico para o desfile de Ronaldo Fraga_ A cobra Ri, em 2006
O universo lúdico de Marcelo Sommer
A obra Olhares contemporâneos: comunicação, moda e cinema pode ser encontrada em sites como Mercado Livre, Livraria Saraiva e Estante Virtual e tem outros trabalhos de assuntos igualmente interessantes, porém distintos e interligados em suas origens midiáticas, como este que lhes conto agora.
Obra Naïf_Roda de Peteca de Heitor dos Prazeres
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Maiores informações no site do museu de Arte Naïf na Cidade do Rio de Janeiro.
Até breve em mais um assunto sobre Cultura de designer e Arte!
Fabiana Alvim Ballesteros.
Designer de Moda, Joias e Designer Têxtil
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