Sabiam que moda circular é também sinônimo de brechó? E sabiam que este direcionamento de moda marcará a nossa próxima década? Por se tratar de um conceito de economia circular e consumo consciente, esta afirmativa vem do diretor artístico da linha masculina da Louis Vuitton e dono da Off-white, Virgil Abloh. Neste sentido, segundo o designer, o streetwear irá perder espaço e o vintage ganhará mais notoriedade. Mas, esta fórmula especial de consumo, que ganhou gás durante a pandemia de 2020-21, servirá também para inspirar novas coleções abrindo possibilidades criativas para o resgate dos produtos artesanais, desenvolvimento sustentável, humanização de processos, dentre outros, onde o novo normal da Moda se confirmará, acredito eu, na busca de um equilíbrio mais consciente junto a cadeia de moda linear já existente.

Então, como podemos entender este conceito sobre a moda circular?

A moda circular é mais uma termologia existente para definir a sustentabilidade na Moda, que também pode ser percebida como moda ecológica, moda verde, moda ética, slow fashion, aliás, uma das praticas que utilizo para o desenvolvimento de minhas criações também faz parte das iniciativas sustentáveis. Individualmente estas termologias se coexistem à partir de funções diferenciadas e que só o sistema da moda poderá nos explicar. Segundo Elena Salcedo, autora do livro  Moda ética para um futuro sustentável, pesquisadora, consultora, professora do IED de Barcelona e coordenadora do curso de especialização em “Moda ética e sustentável” também do Instituto Europeu di Design (IED), a moda ecológica ou moda bio, moda orgânica, pode ser entendida também como: Ecomoda. Neste caso todos os produtos que tiverem sido feitos por métodos menos prejudiciais ao meio ambiente, poderão ser classificados dentro deste seguimento. E isto se estende para os tipos de fibras enquanto a forma que são cultivadas e manipuladas.

Já a moda ética, diz respeito ao meio ambiente, enquanto cuidados sobre a saúde do consumidor e das condições de trabalho das pessoas da indústria da moda, com ênfase não só no aspecto ambiental, mas, no social. Neste sentido nos lembramos das histórias do trabalho escravo, com horas intermináveis de produção para produtos de moda, em locais clandestinos e sem cuidados mínimos com o profissional de chão de fábrica.

Neste contexto, aproveito para lhes apresentar meu brechó, @Ball.brechó, fazendo referência a meu sobrenome de origem espanhola, Ballesteros. Por outro lado, Ball em espanhol quer dizer bola e que representará enquanto signo o contexto do movimento circular intrínseco “coincidentemente” neste tipo de consumo!

Acessem o Instagram @ball.brecho para conhecê-la!

Querem saber mais sobre o assunto “moda circular”? Acessem o perfil @versitextil na matéria sobre upcycling e busquem pelos livros: “Moda ética para um futuro sustentável”, de Elena Salcedo, Ed. GG moda e, “Com que roupa” da consultora de moda sustentável Giovanna Nader, Ed. Companhia das letras.

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Até breve!

Fabiana Alvim Ballesteros.
Designer de Moda, Joias e Designer Têxtil

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